A doença, de acordo com o ministério, é "considerada extremamente rara e de alta letalidade"
O Ministério da Saúde confirmou, na noite dessa segunda-feira (20/01/2020), uma morte por febre hemorrágica brasileira provocada por um novo vírus. O último caso havia sido registrado há mais de 20 anos.
A doença, de acordo com o ministério, é “considerada extremamente rara e de alta letalidade”. “Este fator representa um risco significativo para a saúde pública, ainda que nenhum caso secundário tenha sido identificado até este momento da investigação”, destacou a pasta por meio de boletim epidemiológico divulgado nessa segunda.
O órgão informou que o paciente é de Sorocaba, em São Paulo, e contraiu o vírus da família arenavírus. No entanto, não há, até o momento, a confirmação da origem da contaminação. Ele começou a manifestar os sintomas no dia 30 de dezembro de 2019: dores muscular e no abdome, náuseas e vertigem.
Segundo o Ministério da Saúde, o paciente passou por três diferentes hospitais e fez diferentes exames para identificar doenças, como febre amarela, dengue e zika.
O caso foi comunicado à Organização Mundial de Saúde e à Organização Pan-americana de Saúde (OMS/OPAS), conforme determinam protocolos internacionais. Os funcionários dos hospitais em que o paciente foi atendido e familiares da vítima são monitorados.
“O que se sabe é que as pessoas contraem a doença possivelmente por meio da inalação de partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados”, informou a pasta. “A transmissão dos arenavírus de pessoa a pessoa pode ocorrer quando há contato muito próximo e prolongado ou em ambientes hospitalares, quando não utilizados equipamentos de proteção, por meio de contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções ou excreções”, completou, em nota.