Ex-senador de Rondônia também foi acusado de receber propinas em forma de doação de campanha
Nesta quinta-feira a Polícia Federal prendeu o ex-senador Luiz Otávio Campos (MDB-PA) acusado de ter obtido, através da Odebrecht, recursos para a campanha eleitoral do governador Helder Barbalho nas eleições de 2014. Segundo delatores, Campos teria conseguido R$ 1,5 milhão através de caixa 2.
A prisão de Campos deixa em situação ainda mais delicada o também ex-senador emedebista Valdir Raupp (RO) que não conseguiu a reeleição e foi acusado de ter recebido propinas em forma de doação de campanha.
Raupp é suspeito de participar de esquema de corrupção envolvendo a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira. Segundo a denúncia do Ministério Público, o ex-senador teria recebido propina para a execução das obras na usina hidrelétrica pela empresa.
O grupo Odebrecht e a Construtora Andrade Gutierrez teriam feito o compromisso de repassar até R$ 20 milhões em propina e, de acordo com os delatores, um dos beneficiários dos valores era o então senador Valdir Raupp.
Na época da abertura do inquérito, Valdir Raupp afirmou que “recebeu com tranquilidade” a citação nas declarações de “delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir”.
Em fevereiro de 2018, o delator e ex-executivo da Odebrecht Henrique Valladares afirmou em depoimento que Valdir Raupp pediu que a empresa contratasse seu sobrinho para trabalhar no consórcio da usina hidrelétrica Santo Antônio. Apesar de não ter sido contratado, Henrique Valladares disse que o sobrinho de Valdir recebeu pagamento do consórcio entre Odebrecht e Andrade Gutierrez. Valladares morreu em 17 de dezembro de 2018 em sua casa no Rio de janeiro.