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NOVIDADE: Família de Marielle diz ao STJ ser contra federalização das investigações




Defensoria apoiou permanência no Rio, PGR pediu envio à esfera federal

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro protocolou nesta 2ª feira (6.jan.2020) no STJ (Superior Tribunal de Justiça), manifestação da família de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes –ambos assassinados em março de 2018– sobre a possível federalização das investigações do crime.


Atualmente, as investigações são conduzidas pelas autoridades do Estado do Rio de Janeiro. O processo está sob sigilo.


O pedido de manifestação foi feito pela ministra Laurita Vaz, do STJ, que analisa pedido da ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge para transferência das investigações para a esfera federal.


Em denúncia apresentada em setembro de 2019, Dodge afirmou que o conselheiro afastado do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro), Domingos Brazão, “arquitetou o homicídio da vereadora Marielle Franco e, visando manter-se impune, esquematizou a difusão de notícia falsa sobre os responsáveis pelo homicídio”.


Em nota, a defensoria afirma que sustentou “a permanência das investigações na esfera Estadual em razão da participação da família e do controle externo da apuração do caso já realizado pelo Ministério Público do Rio”. Segundo o órgão, “nenhuma esfera está totalmente isenta a interferências”.


Em novembro de 2019, depois de o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) defender a federalização do caso, a família de Marielle divulgou nota contra a medida e pediu para que o ministro ficasse longe do caso.


“Discordamos da postura do ministro da Justiça Sergio Moro, que passou a defender a federalização das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro obteve avanços importantes e por isso somos favoráveis a que a instituição permaneça responsável pela elucidação caso. Sergio Moro sempre demonstrou pouco interesse pelas investigações do crime. Somente após a menção ao presidente da República, Jair Bolsonaro, no inquérito, o ministro começou a se declarar publicamente a favor da federalização. Acreditamos que Sergio Moro contribuirá muito mais se ele permanecer afastado das apurações”, diz a nota dos familiares.


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