Comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qasem Soleimani, morreu nesta quinta-feira após um bombardeio atingir seu veículo em Bagdá, Iraque
O Pentágono confirmou nesta sexta-feira (3) que lançou o ataque aéreo que matou o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qasem Soleimani.
A ordem para o ataque partiu do presidente norte-americano, Donald Trump, segundo a rede de notícias CNN.
No comunicado, Pentágono afirmou que o "general Soleimani estava desenvolvendo ativamente planos para atacar diplomatas e militares americanos no Iraque e em toda a região".
O órgão ainda afirmou que o “general Soleimani e sua equipe foram responsáveis pela morte de centenas de americanos e membros do serviço de coalizão e pelo ferimento de milhares de outros".
Qasem Soleimani e o comandante da milícia iraquiana, Abu Mahdi al-Muhandis, foram mortos na noite desta quinta-feira (2) em um ataque aéreo ao comboio em que estavam, no aeroporto de Bagdá, capital do Irã.
Imediatamente, um porta-voz da milícia iraquiana responsabilizou os Estados Unidos e Israel pelo bombardeio.
Os três foguetes caíram perto do terminal de cargas, queimando dois veículos e ferindo vários cidadãos, disse o órgão. Ao menos cinco pessoas foram mortas no ataque.
Pelo Twitter, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, condenou o ataque que matou o general Soleimani.
"O ato de terrorismo internacional dos EUA, que visou e assassinou o general Soleimani - o mais eficaz combatente ao Estado Islâmico, ao Al Nusrah e ao Al Qaeda - é uma escalada extremamente perigosa e imprudente. Os EUA são responsáveis por todas as consequências de sua aventura desonesta".
Já Donald Trump publicou uma foto da bandeira dos Estados Unidos após a confirmação do ataque.
O ataque ocorreu horas depois do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, dizer que o Irã iria lamentar se continuasse com a "campanha de provocações" contra os interesses da Casa Branca no Oriente Médio.
"Eles provavelmente lamentarão, e estamos preparados para exercer nossa própria defesa e deter o comportamento mais ofensivo por parte destes grupos, todos apoiados, liderados e financiados pelo Irã", disse Esper em um encontro com jornalistas no Pentágono.
Invasão a embaixada
No último dia do ano, um grupo de manifestantes invadiu a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá e depredou o complexo. Em resposta, o presidente Trump culpou o Irã por "orquestrar" a invasão, que ocorreu dois dias depois de ataques aéreos norte-americanos em território iraquiano contra bases de milícia local apoiada pelo Irã. Os bombardeiois deixaram 25 pessoas mortas.