O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta segunda-feira, 30, oito integrantes de suposto grupo criminoso que atuava em Feira de Santana, na Bahia, cometendo fraudes contra a Caixa e o Banco do Nordeste (BNB). Segundo a Procuradoria, a organização criminosa teria causado prejuízos de mais de R$ 10 milhões obtendo empréstimos ilegais para empresas fantasmas.
Os oito denunciados foram alvo de mandados de prisão preventiva na Operação Assepticus, deflagrada no último dia 4 de dezembro. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu ainda 29 mandados de busca nas cidades de Feira de Santana, Salvador, Santa Bárbara e Catu (BA), além de Fortaleza.
Segundo a Procuradoria o grupo “inclui servidores públicos do BNB e da Junta Comercial do Estado da Bahia (Juceb)”. A investigação foi desencadeada com base em provas reunidas na Operação Ali Babá, realizada em 2016. Em agosto daquele ano, a Procuradoria denunciou 11 investigados que tomavam os empréstimos por meio de fraudes e não quitavam os débitos.
Já na “Assepticus” são investigados funcionários públicos que facilitaram a obtenção dos empréstimos ilegais, diz o Ministério Público Federal.
A Procuradoria apontou ainda que “outros fatos criminosos ainda estão sob investigação” – uma vez que a Polícia Federal ainda está analisando provas colhidas durante a Assepticus – contratos, documentos e celulares.
Veja a lista dos denunciados e as imputações feitas pela Procuradoria a cada um:
– Joymmir Coutinho de Souza (denunciado na Operação Ali Babá) e Aquileade Carvalho dos Santos (ex-empregado da Juceb) – integrar e liderar organização criminosa, estelionato (por quatro vezes) e falsificação de documento público (por três vezes);
– Fabiano Tadeu Lefundes Sampaio e Graziela Lisboa Marques (casal) – integrar organização criminosa, estelionato (por duas vezes) e falsificação de documento público (por seis vezes);
– Marcos Roberto Santos – integrar organização criminosa, estelionato (por três vezes) e falsificação de documento público (por uma vez);
= Tiago Barbosa Boaventura (gerente do BNB) – integrar organização criminosa e estelionato (por três vezes);
– Grinalson de Alencar Dutra e José Jesus da Silva (gerente do BNB) – integrar organização criminosa.
Defesas
A reportagem busca contato com a defesa dos denunciados pela Procuradoria. O espaço está aberto para as manifestações de defesa.