Objetivos de 2020 para a educação básica foram divulgadas nesta quinta-feira (26) em nota no site do Ministério da Educação.
O Ministério da Educação pretende, em 2020, elaborar um projeto-piloto de implantação de ensino integral com turmas do 6º ao 9º ano do ensino fundamental de 40 escolas. Segundo nota divulgada no site oficial do MEC nesta quinta-feira (26), o secretário de Educação Básica, Janio Macedo, afirmou que a proposta é trabalhar com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) "para desenvolver um programa que será lançado oficialmente em 2021".
Um dos objetivos é combater a evasão escolar. "Se analisarmos o nosso percurso educacional, vamos verificar que, do 5º ano para o 6º ano do ensino fundamental e do 9º ano para a 1º série do ensino médio, perdemos muitos estudantes. Seja por abandono ou repetência", explicou ele.
Para o ensino médio, o secretário disse que o programa Ensino Médio em Tempo Integral deve ser ampliado para 500 novas escolas e 40 mil novas vagas, chegando a um total de 1.527. No início do ano, 9,5% das matrículas no ensino médio eram em tempo integral.
Um estudo divulgado pelo Jornal Nacional em setembro aponta que apenas 2% das escolas públicas de ensino médio oferecem condições satisfatórias de aprendizado
Já na Educação de Jovens e Adultos (EJA), Macedo disse que o objetivo do MEC é "que todo o conteúdo esteja ligado ao ensino técnico e profissional". Segundo o secretário, "o que prende essas pessoas a continuarem seus estudos mesmo fora da idade correta é a oportunidade de desenvolverem um novo ofício".
Construção de creches
Nesta quinta-feira, o MEC disse ainda que "o Proinfância será reestruturado para atingir melhor sua razão de ser: a construção de creches e pré-escolas e aquisição de mobiliário e equipamentos para as instituições".
O programa Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) existe desde 2007. Um relatório de 2018 da Controladoria-Geral da União (CGU), porém, calculou que o programa já registrou um prejuízo de cerca de R$ 800 milhões aos cofres públicos por obras não concluídas.