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NOVIDADE: BNDES devolverá R$ 60 bilhões ao Tesouro em 2020



Ajudará a reduzir dívida pública, Venda de ações favorecerá resultado



O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) devolverá ao Tesouro Nacional R$ 60 bilhões em 2020. A estimativa é do presidente do Conselho de Administração do banco, Carlos Thadeu de Freitas Gomes.


A decisão caberá à diretoria e terá de ser aprovada pelo colegiado, o que, na avaliação de Freitas Gomes, será 1 caminho fácil. “É fundamental, porque isso reduz a dívida pública”, afirmou ao Poder360.


Neste ano, a devolução chegará a R$ 123 bilhões, mais R$ 10 bilhões em dividendos. “É inédito”, afirmou Freitas. São destinados ao Tesouro 60% dos lucros. Nos anos anteriores, eram só 25%.


Joaquim Levy, que ocupou a presidência do BNDES até junho, resistiu a entregar a devolução que era exigida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Por isso foi demitido e substituído por Gustavo Montezano.


Um dos maiores obstáculos para o crescimento do país neste momento é a deterioração das contas públicas. Para investidores, isso aumenta o risco de calote da dívida e de inflação, portanto são razões para evitar apostas no país.


A devolução dos recursos do BNDES ajudou a reverter a trajetória de crescimento do deficit. Dos R$ 139 bilhões previstos neste ano, deverá ficar de R$ 80 a R$ 90 bilhões. Com a redução da Selic (taxa básica de juros estabelecida pelo Banco Central) ao longo do ano, será possível reduzir os gastos com juros do Tesouro em R$ 96 bilhões anuais, disse Guedes.


A continuação do esforço do BNDES é considerada etapa fundamental para manter a trajetória de queda do deficit. Parte disso deverá vir da venda de ações de estatais.


A BNDESpar, uma subsidiária do BNDES, tem patrimônio de R$ 120 bilhões em papéis de empresas. Hoje é a maior acionista individual da Petrobras, com 25% das ações da estatal. Há muitos papéis da Vale também. A venda de parte disso irá para o Tesouro, ao qual o BNDES ainda precisa devolver R$ 170 bilhões.


Freitas disse que muito dinheiro de empréstimos deverá retornar no próximo ano, mas a demanda diminuirá. É uma mudança estrutural. “O banco deverá focar no financiamento da infraestrutura”, afirmou.

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