Ciberativista e fundador do Wikileaks foi preso na embaixada do Equador em Londres em abril deste ano, onde estava exilado desde 2012
A Suécia suspendeu, nesta terça-feira (19), as acusações de estupro e assédio sexual que haviam sido reabertas contra o ciberativista e fundador do Wikileaks, Julian Assange. As informações são da rede de notícias americana CNN.
Na mira das autoridades
Assange entrou na mira das autoridades no início de 2010, quando o Wikileaks divulgou um vídeo militar dos Estados Unidos mostrando um ataque de helicópteros a Bagdá que matou 12 pessoas no ano de 2007.
Em agosto do mesmo ano, passou a ser investigado pela Suécia por denúncias de estupro e abuso sexual e se tornou alvo de um mandado de prisão internacional.
Ao fim de 2010, se entregou à polícia de Londres, no Reino Unido — mas conseguiu liberdade condicional graças ao pagamento de uma fiança de 240.000 libras (aproximadamente R$ 1.202.472, em valores atualizados), financiada por seus apoiadores.
Violação de condicional
O fundador do Wikileaks, entretanto, foi acusado de violar as condições de sua condicional e acabou por pedir proteção à embaixada do Equador em Londres, onde permaneceu asilado por 2.429 dias até ser detido.
Em comunicado após a ação policial, promotores norte-americanos declararam que Assange era denunciado pelo crime de conspiração por tentativa de acessar um computador secreto do governo dos Estados Unidos junto à ex-analista de inteligência do Exército Chelsea Manning no ano de 2010.
Ele foi condenado a 50 semanas de prisão no dia 1º de maio em um tribunal de Londres por violar sua condicional ao entrar na embaixada do Equador em Londres no ano de 2012 para evitar ser extraditado para a Suécia.