Operação foi deflagrada na manhã desta terça. Foram afastados seis magistrados, sendo quatro desembargadores e dois juízes
O ministro Og Fernandes, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República e determinou o bloqueio de R$ 581 milhões de parte dos investigados da Operação Faroeste, deflagrada na manhã desta terça-feira (19).
A ação visa apurar um suposto esquema de venda de decisões no TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) e afastou seis magistrados — quatro desembargadores e dois juízes.
As informações foram divulgadas pela Assessoria de Imprensa da PGR. As ações são realizadas nas cidades de Salvador, Barreiras, Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia (BA) e em Brasília.
Segundo o Ministério Público Federal, a investigação identificou um esquema de corrupção envolvendo magistrados e servidores do TJ-BA, advogados e produtores rurais que atuavam na venda de decisões para legitimar terras no oeste baiano.
As decisões obtidas ilicitamente teriam permitido grilagem de cerca de 360 mil hectares de terra, diz a Procuradoria. A "Faroeste" cumpre na manhã desta terça quatro mandados de prisão temporária e 40 mandados de busca e apreensão em gabinetes, fóruns, escritórios de advocacia, empresas e nas residências dos investigados.
A procuradoria indicou ainda que o grupo teria movimentado cifras bilionárias e utilizado "laranjas" e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente.
Defesa
A reportagem busca contato com o Tribunal de Justiça da Bahia. O espaço está aberto para manifestações de defesa.