top of page

TURBULÊNCIA: Celulares voltam a adiantar hora mesmo sem horário de verão




Problema já havia ocorrido em 20 de outubro, data padrão da mudança. Horário de verão foi revogado por Bolsonaro em abril.

Usuários relataram nas redes sociais que o relógio de seus aparelhos celulares foi adiantado de forma automática para o horário de verão na madrugada deste domingo (3). O problema já havia ocorrido no fim de semana de 19 e 20 de outubro, data padrão da mudança, mas que foi revogada este ano pelo presidente Jair Bolsonaro.


A reprogramação já era prevista, porque o horário de verão em 2018 teve início no primeiro fim de semana de novembro. No ano passado, usuários tiveram a mesma reclamação. Relembre


Na última sexta-feira (1º), o Google havia publicado um anúncio oficial recomendando que usuários de Android no Brasil alterassem as configurações automáticas de data e hora; saiba como fazer isso. O Google sugere manter a desativação até o dia 16 de fevereiro, quando o horário de verão chegaria ao fim, se ainda estivesse em vigor.


No último dia 18, as operadoras de telefonia disseram que tinham "desprogramaram a alteração" em suas plataformas, "de acordo com o novo decreto presidencial". Mas, no dia 20, alguns usuários constataram a mudança de horário automática em seus aparelhos.


Saiba corrigir

Nos aparelhos Android

  1. Toque no ícone "Configurar";

  2. Toque na opção "Data e hora";

  3. Desmarque a opção "Data e hora automáticas"

  4. Configure manualmente a hora correta

No iPhone

  1. Acesse a tela principal e toque na opção "Ajustes"

  2. Toque na opção "Geral"

  3. Toque na opção "Data e Hora"

  4. Desabilite a opção de configuração do relógio "Automaticamente"

  5. Configure manualmente o horário correto

Horário de verão

O objetivo por trás da origem do horário de verão é aproveitar os dias mais longos para obter um melhor aproveitamento da iluminação natural, poupando recursos da matriz energética e reduzindo os riscos de apagões, principalmente no horário entre 18h e 21h, quando as lâmpadas dos espaços públicos são ligadas, boa parte da população chega em casa e parte do comércio, escritórios e indústria continua ativa.


Mas, nos últimos anos, mudou o padrão de consumo do país. Lâmpadas incandescentes foram substituídas por lâmpadas mais eficientes, e o horário de pico de energia se deslocou do início da noite para o meio da tarde, por volta das 15h, devido ao aumento expressivo do uso de ar-condicionado.


Estudo do Ministério de Minas e Energia divulgado no ano passado já apontava para a perda de efetividade do horário de verão. Segundo a nota técnica, a adoção de outros instrumentos regulatórios, como a tarifa branca e preço por horário, pode produzir resultados mais relevantes para o setor elétrico.


De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o governo fez uma pesquisa que mostrou que 53% dos entrevistados pediram o fim do horário de verão. Não foram divulgados, entretanto, detalhes da pesquisa.


Histórico

No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase seis meses, vigorando de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.


No verão seguinte, a medida foi novamente adotada, mas, depois, começou a ser em períodos não consecutivos. Primeiro, entre 1949 e 1953, depois, de 1963 a 1968, voltando em 1985 até abril de 2019, quando foi revogado por decreto.


O período de vigência do horário de verão era variável, mas, em média, durava 120 dias.


No mundo, o horário diferenciado é adotado em 70 países — e atinge cerca de um quarto da população mundial.


O horário de verão é adotado em países como Canadá, Austrália, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.

bottom of page