A Marinha informou nesta sexta-feira que, em trabalho coordenado com a Polícia Federal e outros órgãos, foi possível identificar o navio grego suspeito do derrame de petróleo no mar que atingiu o litoral nordestino.
Segundo a Marinha, a embarcação suspeita transportava produto proveniente do terminal San José, na Venezuela, com destino à África do Sul.
"Imagens de satélite... apontam esse navio como principal suspeito", afirmou em nota.
A Marinha disse ainda que o óleo coletado nas praias do litoral nordestino foi submetido a várias análises em laboratórios que comprovaram ser originário de campos petrolíferos da Venezuela, informações essas que foram complementadas pela verificação de outros parâmetros, como carga, porto de origem, rota de viagem e informações dos armadores.
A Polícia Federal, por meio de geointeligência, identificou uma imagem satélite do dia 29 de julho de 2019, relacionada a uma mancha de óleo, localizada 733,2 km a leste do Estado da Paraíba. Essa imagem foi comparada a imagens de datas anteriores, em que não foram identificadas manchas, de acordo com o comunicado que aponta os caminhos das investigações.
Segundo a Marinha, "as investigações prosseguem, visando identificar as circunstâncias e fatores envolvidos nesse derramamento (se acidental ou intencional), as dimensões da mancha de óleo original, assim como mensurar o volume de óleo derramado, estimar a probabilidade de existência de manchas residuais e ratificar o padrão de dispersão observado".