Pentágono confirmou que um posto com militares norte-americanos foi atingido pela artilharia turca durante ataque no norte da Síria nesta sexta
Militares dos Estados Unidos que atuam no nordeste da Síria foram nesta sexta-feira (11) alvos de um ataque de artilharia da Turquia, que promove uma ofensiva na região contra os curdos.
O ataque, confirmado pelo Pentágono à Agência Efe, não deixou vítimas e ocorreu nos arredores da cidade de Kobane, fora do chamado "mecanismo de segurança", a área no nordeste da Síria que a Turquia quer controlar.
"A explosão ocorreu a poucas centenas de metros de uma posição fora da região do mecanismo de segurança, uma área conhecida pelos turcos por ter presença americana", disse Brook DeWalt, um dos porta-vozes do Pentágono, à Efe.
"Os Estados Unidos pedem à Turquia que evitem ações que possam resultar em uma reação defensiva", completou o porta-voz.
O incidente ocorreu por volta das 21h locais (15h em Brasília). Nenhum militar americano ficou ferido, segundo o Pentágono.
"Os Estados Unidos segue se opondo ao movimento militar turco na Síria e especialmente se opõe às operações turcas fora da região do mecanismo de segurança e em áreas onde os turcos sabem que as forças americanas estão presentes", alertou DeWalt.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou no último domingo a retirada das tropas americanas da região do mecanismo de segurança, abrindo caminho para a ofensiva da Turquia contra os curdos, até então um dos principais aliados da Casa Branca no combate os integrantes do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na região.
A decisão de virar as costas para os curdos gerou uma série de críticas de aliados e opositores nos EUA, o que fez Trump endurecer o tom contra o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e ameaçar dizimar a economia do país caso a ofensiva não seja "humana" com os curdos.
Para pressionar Erdogan a desistir da ofensiva, Trump assinou uma ordem executiva que dá ao Departamento do Tesouro poder de impor sanções ao governo turco.