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MUNDIAL: Líder de Hong Kong condena tentativa de interferência dos EUA




Manifestantes pedem que Washington aprove projeto para avaliar anualmente se Hong Kong possui autonomia que justifique status comercial

A chefe do governo de Hong Kong, Carrie Lam, condenou "categoricamente" nesta terça-feira (10) qualquer tentativa dos parlamentares dos Estados Unidos de interferir na cidade semi-autônoma chinesa através de um eventual projeto de lei no congresso americano.

Em entrevista coletiva, Lam respondia ao recente pedido dos manifestantes de Hong Kong ao Congresso os Estados Unidos para que aprove o projeto de lei de Direitos Humanos e Democracia em Hong Kong.


Esse projeto de lei exigiria que Washington avaliasse anualmente se Hong Kong possui autonomia suficiente para justificar seu status comercial especial.

Se essa autonomia não for certificada, a cidade perderia alguns privilégios comerciais que possui atualmente com os EUA e dos que não desfruta a China.


No domingo passado, milhares de manifestantes se concentraram diante do consulado dos Estados Unidos em Hong Kong e pediram ao governo e congressistas americanos que aprovem esse projeto de lei, que eles acreditam que permitirá salvaguardar suas liberdades.


"O governo de Hong Kong se opõe à interferência do Congresso dos EUA nos assuntos da cidade por meio desse projeto", Carrie Lam.

A chefe do Governo enfatizou que o Parlamento de qualquer país deveria tratar de assuntos internos e considerou "extremamente inapropriado" que um parlamento estrangeiro intervenha em Hong Kong "por qualquer meio".


Cerca de 85 mil americanos vivem em Hong Kong e aproximadamente 1,4 mil empresas dos EUA têm seus escritórios regionais no centro financeiro asiático, que atualmente atravessa uma de seus piores crises políticas em décadas

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