A viagem em que o candidato a embaixador Eduardo Bolsonaro fez a Washington para tentar uma selfie com Donald Trump custou caro ao Brasil. A comitiva do filho 03 gastou US$ 1 mil numa mesa de um dos restaurantes mais caros de Washington e se negou a informar como foi paga a conta. Com a imagem tóxica do clã Bolsonaro, até mesmo os republicanos se negam a apoiar publicamente as pretensões de Eduardo.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), que pretende ser embaixador nos Estados Unidos mesmo sem falar fluentemente inglês ou espanhol, pagou mico na última viagem a Washignton, nesta sexta-feira, quando tentou uma selfie com Donald Trump para tentar provar que merece o cargo diplomático.
Embora a viagem tenha sido frustrada, ele gastouu nada menos que US$ 1 mil – equivalente a R$ 4.150,00 – num almoço na capital americana.
"Das cerca de 33 horas em que passou em Washington, a comitiva de Eduardo ficou duas na Casa Branca, em conversas com integrantes do Conselho de Segurança Nacional dos EUA e à espera do encontro com o presidente americano. No resto do tempo, Eduardo, seus auxiliares e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, fizeram passeios e almoçaram em uma sala reservada de um dos restaurantes à beira do canal que leva ao rio Potomac. Na região portuária revitalizada de Wharf, pagaram cerca de US$ 1.000 (R$ 4.000) para uma mesa de sete pessoas no Del Mar, do chef italiano Fabio Trabocchi. Passaram quase três horas no segundo andar do restaurante, onde pediram quatro porções de paella —três grandes e uma pequena—, que, segundo o cardápio, alimentariam de 14 a 21 pessoas. Beberam sangria e preferiram sair pela porta da cozinha, nos fundos, para tentar despistar a imprensa", informa a jornalista Marina Dias, em reportagem na Folha de S. Paulo.
A jornalista enviou um pedido ao Itamaraty para esclarecer os custos e o pagamento dos gastos da viagem, mas não obteve respostas.