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GRAVE: Vaza Jato - Deltan queria 1 monumento à Lava Jato; Moro rechaçou ideia

Procurador pensava em estátua em Curitiba, ‘Estratégia de marketing’, segundo Dallagnol, Para Moro, podia soar como ‘soberba’

Novos diálogos da Vaza Jato divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo nesta 4ª feira (21.ago.2019) apontam que o procurador Deltan Dallagnol, responsável pela Lava Jato no Paraná, queria construir 1 monumento em homenagem à operação em Curitiba (PR). A intenção do procurador estaria relacionada a uma “estratégia de marketing”.


As conversas teriam sido realizadas em maio de 2016. Deltan mostrou-se entusiasmado com o projeto. Ele pensava em fazer 1 concurso para construir uma uma estátua que simbolizasse a operação e mudanças defendidas pelos procuradores.


“A minha primeira ideia é esta: Algo como 2 pilares derrubados e 1 de pé, que deveriam sustentar uma base do país que esta inclinada, derrubada. O pilar de pé simbolizando as instituições da Justiça. Os 1 derrubados simbolizando sistema político e sistema de justiça…”, escreveu o procurador a 1 grupo de magistrados.


Em mensagens privadas com o ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Deltan argumentou que a estátua simbolizaria o avanço da Lava Jato. “Isso virará marco na cidade, ponto turístico, pano de fundo de reportagens e ajudará todos a lembrar que é preciso ir além… Posso contar com seu apoio?”,pediu o procurador.



Moro questionou: “não é melhor esperar acabar [a operação]?”. O procurador insistiu: “Eu apostaria que tão somente a existência do concurso já será matéria de jornal, estimulará o debate sobre reformas, e frisaremos na proposta do concurso das esculturas a necessidade de reformas e que elas simbolizem as reformas necessárias… Sabemos que precisamos ir além, como país, e só estou pensando nisso para fazer tudo o que estiver ao meu/nosso alcance”.Também citou outra procuradora que apoiava a ideia.


Moro pediu 1 tempo para pensar e depois colocou-se contra ao pedido. “Melhor deixar para depois. Em tempos de crise, o gasto seria questionado e poderia a iniciativa toda soar como soberba”, disse. Para ele, homenagens “devem vir de terceiros”.


Deltan retrucou dizendo que se poderia fazer o marco com “patrocínio privado”, sem dinheiro público. O projeto nunca saiu do papel.


OUTRO LADO

Em resposta à reportagem, o MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná) disse que, em uma força-tarefa, “diversas vezes iniciativas são coligadas por seus integrantes ou por terceiros, sendo que muitas não se concretizam após reflexão e ponderações, pelas mais variadas razões”. A assessoria dos procuradores voltou a afirmar que não reconhece a autenticidade das mensagens. “O material é oriundo de crime cibernético e sujeito a distorções, manipulações e descontextualizações”,diz.




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