Reunião da Executiva Nacional do PSDB ocorreu em meio à pressão interna para saída do deputado. Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, chegou a dizer em julho: 'Ou eu ou Aécio Neves.'
A Executiva Nacional do PSDB decidiu nesta quarta-feira (21) arquivar dois pedidos de expulsão do partido do deputado federal Aécio Neves (MG).
Um dos pedidos foi apresentado pelo diretório do PSDB na cidade de São Paulo. O outro, pelo diretório do partido no estado de São Paulo. O prefeito da capital paulista, Bruno Covas, chegou a dizer em julho: "Ou eu ou Aécio Neves."
A reunião aconteceu em meio ao aumento da pressão interna para que Aécio, réu por corrupção e obstrução de Justiça, fosse afastado do partido.
Ex-governador de Minas Gerais, ex-senador e ex-presidente do PSDB, Aécio é acusado de receber propina no valor de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, do grupo J&F.
Aécio nega as acusações. O advogado do tucano, Alberto Zacharias Toron, sustenta que o deputado é vítima de ação criminosa de Joesley Batista.
A denúncia contra o tucano foi apresentada pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. Em abril de 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a denúncia, o que tornou Aécio réu.
Na época em que a denúncia foi aceita Aécio era senador, por isso o processo foi analisado pelo Supremo. Como ele foi eleito deputado federal no ano passado, o processo foi enviado à primeira instância, já que apura fatos que não têm relação com seu atual mandato.
Reunião
A executiva nacional do PSDB se reuniu em Brasília para votar o texto do deputado federal Celso Sabino (MG), relator dos pedidos de expulsão de Aécio.
O relatório de Sabino foi pela rejeição dos dois pedidos de expulsão. Aécio também estava presente à reunião.