Ações acontecem em nove estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro
Os Ministérios Públicos de vários estados brasileiros realizam operações em conjunto no combate ao crime organizado em todo o país. As ações acontecem simultaneamente nesta quinta-feira (15) nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Rio de Janeiro.
Nove Gaecos (Grupos de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) dos ministérios agem, com auxílio de forças policiais, cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de grupos criminosos.
A ação nacional é articulada pelo GNCOC (Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas) - colegiado que reúne os Gaecos de todos os estados brasileiros. No total, estão sendo cumpridos mais de 300 mandados judiciais, entre prisões e busca e apreensões.
Acompanhando os trabalhos em uma sala especial da CSI/MPRJ (Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), o presidente do GNCOC, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, garantiu que esse tipo de enfrentamento seguirá ocorrendo em todo o Brasil.
“Os Gaecos do país inteiro estão trabalhando incessantemente para combater as organizações criminosas que tanto afrontam as forças de segurança do país. Seguiremos nesse propósito todos os dias”, assegurou Gaspar, que é também procurador-geral de Justiça de Alagoas.
Entenda as operações nos estados:
No Acre está sendo realizada uma grande revista na Penitenciária Francisco de Oliveira Conde, na capital. O foco está em pavilhões dominados pelo PCC (Primeiro comando da Capital) e a facção local "Bonde dos 13". A ação visa a apreensão de ilícitos e prospecção de informações, além da identificação de pessoas que exercem posição de liderança nessas organizações.
Paralelamente, foram denunciadas à justiça 69 pessoas presas na Operação Hemólise, realizada no dia 24 de julho, na capital e em outros quatro municípios. Os denunciados são integrantes do CV (Comando Vermelho).
No Alagoas a operação cumpre 37 mandados de busca e apreensão e 42 de prisão contra integrantes do PCC. Expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, todos os mandados estão sendo cumpridos em municípios do litoral norte do estado. Os pedidos têm por base três Procedimentos de Investigação Criminal do GAECO local e um inquérito da DENARC (Delegacia de Narcóticos).
Já no Aamapá, com alvos em Macapá, Santana e Porto Grande, a operação, que também tem foco no combate ao tráfico de drogas, é contra a organização criminosa “Família Terror do Amapá”.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão no Amazonas. Dentre os alvos da medida, encontram-se lideranças da organização criminosa "Família do Norte", considerada a terceira maior facção do Brasil.
Na Bahia são 19 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. A operação está sendo realizada nos municípios de Senhor do Bonfim, Jacobina, Juazeiro, Capim Grosso, Serrolândia e Lauro de Freitas. Entre os alvos, estão integrantes de organização criminosa ligada ao PCC que atua com tráfico de drogas e é responsável por diversos homicídios no estado. Onze promotores de Justiça, 74 policiais militares e 99 policiais rodoviários federais participam da ação.
As operações “JERICÓ” e “AL QAEDA”, no Ceará, tiveram investigações que resultaram na expedição de 35 mandados de prisão e 29 mandados de busca e apreensão contra integrantes do PCC a serem cumpridos em todo o estado do Ceará.
Em Mato Grosso do Sul 15 mandados de prisão estão sendo cumpridos contra integrantes do PCC com atuação no estado, assim como em Pernambuco, o MP cumpre um mandado de prisão e busca e apreensão em apoio a operação que combate a lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro. O mandado está sendo cumprido na cidade de Petrolina.
Já no Rio de Janeiro, três operações em andamento. Uma cumpre 41 mandados de busca e apreensão contra policiais militares, sendo oito denunciados por associação criminosa e crime de corrupção passiva, um denunciado por associação para o tráfico de drogas, tendo sido todos afastados de suas funções pela Justiça. A segunda, cumpre mandados de prisão contra sete traficantes em comunidades do Complexo de Madureira. A terceira, visa prender acusados de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, com denunciados que atuavam como “laranjas” para ocultar o dinheiro ilícito do tráfico de integrantes da facção Comando Vermelho.