A Polícia Federal (PF) investiga a possibilidade de lavagem de dinheiro pelo segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, por meio de transferência de patrimônio a parentes e amigos. Ele foi preso ao tentar entrar com 39 quilos de cocaína na Espanha, em 25 de junho. A Força Aérea Brasileira (FAB),por sua vez, levanta nomes de militares que faziam os voos oficiais rotineiramente com Rodrigues ao longo dos anos, diante da hipótese de que o segundo-sargento não agiu sozinho no tráfico.
Os investigadores acreditam que o transporte desse carregamento da droga, dentro de um avião da FAB, numa missão preparatória de viagem presidencial, não foi o primeiro feito pelo militar da Aeronáutica, em razão das características envolvendo o caso.
O segundo-sargento foi preso no último dia 25 em Sevilha, capital da Andaluzia, no sul da Espanha. Ele participava de uma missão precursora para a viagem de Jair Bolsonaro ao Japão, onde ocorreu a reunião do G-20, o grupo de países mais ricos do mundo.
O militar divide com outro preso uma cela de 18 metros quadrados, sem televisão, no Centro Penitenciário Sevilha 1. A unidade prisional abriga cerca de 1.300 detentos: presos pertencentes a forças de segurança e criminosos e suspeitos de menor periculosidade.