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DENÚNCIA: VAZA JATO - ‘Aha uhu o Fachin é nosso’, disse Deltan Dallagnol após reunião com ministro



Mensagem de nova leva da Vaza Jato

O procurador da República Deltan Dallagnol, chefe da Operação Lava Jato em Curitiba, comemorou com colegas do Ministério Público o resultado de encontro com o ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Edson Fachin: “Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso”. A mensagem foi enviada em grupo no aplicativo Telegram em 13 de julho de 2015.


A informação foi publicada nesta 6ª feira (5.jul.2019) pela revista Veja e faz parte do arquivo vazado por fonte não identificada para o site The Intercept.




Não foi a única vez que Dallagnol citou ministros do STF nas mensagens da chamada Vaza Jato. Em outra ocasião, o procurador compartilhou no grupo detalhes de outra conversa, esta com o ministro Luiz Fux: “Caros, conversei com o Fux mais uma vez, hoje. Reservado, é claro: O Min Fux disse quase espontaneamente que Teori (Zavascki) fez queda de braço com Moro e viu que se queimou, e que o tom da resposta do Moro depois foi ótimo”, escreveu no grupo de procuradores em abril de 2016.



O mesmo trecho da conversa foi encaminhado por Dallagnol ao então juiz federal Sergio Moro, que respondeu: “Excelente. In Fux we trust” (“em Fux nós confiamos”).


Diálogos divulgados pela Veja nesta 6ª indicam ainda que Moro orientou ações dos procuradores e chegou a comemorar resultados da investigação com eles.


O OUTRO LADO

Segundo a revista Veja, Dalla­gnol e Moro não quiseram receber os jornalistas para falar sobre a reportagem, alegando compromissos de agenda. O Ministério da Justiça enviou a seguinte nota:


“A revista Veja se recusou a enviar previamente as informações publicadas na reportagem, não sendo possível manifestação a respeito do assunto tratado. Mesmo assim, cabe ressaltar que o ministro da Justiça e Segurança Pública não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente e que configuram violação da privacidade de agentes da lei com o objetivo de anular condenações criminais e impedir novas investigações. Reitera-­se que o ministro sempre pautou sua atuação pela legalidade”.

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