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ALERTA: Funcionários do BNDES recebem Montezano preocupados com “caixa-preta”




Destino dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador e a devolução de empréstimos à União também são pontos que perturbam servidores


A AFBNDES, associação que representa os funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), receberá o futuro presidente da instituição de fomento, Gustavo Montezano, “aberta ao diálogo”, mas com preocupações em relação aos objetivos de abrir a suposta “caixa-preta” e de devolver empréstimos à União de forma acelerada. A avaliação é do vice-presidente da AFBNDES, Arthur Koblitz.


Segundo o dirigente, conforme noticiado pela imprensa, essas foram as duas razões alegadas para a pressão sobre Joaquim Levy, que pediu demissão do BNDES no domingo, após críticas públicas do presidente Jair Bolsonaro. “Escolheram dois péssimos motivos para afastar o Levy”, afirmou Koblitz, após participar de ato contra a retirada da destinação dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) como fonte de financiamento do BNDES.


Hoje, 40% da receita anual do FAT são emprestados ao BNDES. A ideia de mudar a destinação do FAT está no relatório da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, elaborado pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP), que quer direcionar os recursos para pagar pensões e aposentadorias. Segundo Koblitz, o ato estava marcado desde antes da demissão de Levy.


Na visão da AFBNDES, o banco já divulga todas as informações possíveis em seu site e os servidores de carreira não se envolveram em irregularidades, mesmo nas operações polêmicas aprovadas nos governos do PT.


“O que quer dizer abrir a ‘caixa-preta’? Faltam dados? O site precisa ser mais didático? Especialistas dizem que não. Querem nomes e CPFs? Fazer perseguição?”, questionou Koblitz.


Sobre as devoluções antecipadas dos aportes bilionários feitos pelo Tesouro Nacional no BNDES entre 2008 e 2014, o vice-presidente da AFBNDES disse que o temor está no fato de haver interpretações que consideram a medida como ilegal perante a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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