Contempla BNDES, BB e Caixa, Dívidas chegam a R$ 98,5 bi
Bancos públicos e o fundo de investimento do FGTS reúnem quase R$ 17 bilhões de dívidas da Odebrecht. Não há garantias reais de que o grupo cumpra com os pagamentos. Os imóveis e ações da companhia servem de garantia para outros fins, como o cumprimento de dívidas com bancos privados.
As informações foram publicadas em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta 4ª feira (19.jun.2019).
O maior credor é o BNDES, com R$ 7 bilhões. Em seguida está o Banco do Brasil (R$4,75 bilhões). Depois, a Caixa (R$ 4,13 bilhões).
Já aos bancos privados, a Odebrecht deve R$ 9,7 bilhões. A maior parte (R$ 8,4 bilhões) está assegurada por ações da petroquímica Braskem, principal braço do grupo. O R$ 1,3 bilhão restante –somados entre Bradesco, Santender e Itaú– também está sem garantias.
BNDES CONTESTA
O BNDES contestou a falta de garantias para os empréstimos fornecidos pelo banco à empreiteira, declarados judicialmente pela Odebrecht. Em nota, afirmou que todas as operações tiveram garantias reais e pessoais. “O banco apresentará sua manifestação no âmbito da recuperação judicial de modo a obter o correto reconhecimento do valor, classificação dos seus créditos.”, disse ao jornal.
A Odebrecht está em recuperação judicial desde 3ª feira (18.jun), com dívida declarada de R$ 98,5 bilhões.