Revelação foi feita pelo Wall Street Journal. Kim Jong Nam foi assassinado na Malásia, um dos locais onde supostamente se reunia com seus superiores
Kim Jong Nam, meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un que foi assassinado em 2017, era um informante secreto da CIA, a agência central de inteligência civil do governo dos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo jornal americano Wall Street Journal neste domingo (9).
A publicação citou uma fonte "familiar" com o assunto sem identificá-la, e acrescentou ainda que muitos detalhes do relacionamento de Kim Jong Nam com a agência americana não foram esclarecidos. À agência de notícias Reuters, a CIA não quis comentar a reportagem.
De acordo com o Wall Street Journal, a fonte declarou que "várias ex-autoridades americanas disseram que o meio-irmão de Kim Jong-un, que viveu fora da Coreia do Norte por muitos anos e não tinha base de poder conhecida em Pyongyang, dificilmente seria capaz de fornecer detalhes do funcionamento interno do país", conhecido como um dos mais fechados do mundo.
Kim Jong Nam supostamente vivia em contato com autoridades de segurança e serviço secreto de outros países, como a China. Como informante da CIA, ele se encontrava com seus superiores na Malásia e em Singapura.
Em sua última viagem à Malásia — quando foi morto —, o meio-irmão de Kim Jong-un carregava cerca de 120 mil dólares (aproximadamente 465 mil reais) em espécie. O dinheiro era provavelmente oriundo de serviços prestados à CIA e negócios de cassino.
Execução
Em fevereiro de 2017, Kim Jong-nam morreu após ser envenenado misteriosamente no aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia. A principal suspeita é de que o líder norte-coreano Kim Jong-un tenha encomendado o assassinato, perpetrado por duas mulheres — uma indonésia e uma vietnamita. Elas declararam que acreditavam participar de uma pegadinha de TV quando atacaram Kim Jong-nam com um agente químico.