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GRAVE: PF e Receita desmontam ‘banco de compensações’ de doleiros

  • ESTADÃO CONTEÚDO
  • 15 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura


Operação Freeway cumpre 27 ordens judiciais na cidade paranaense; 60 policiais federais e 10 servidores da Receita participam das ações




A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta quarta, 15, a Operação Freeway, para desarticular uma organização criminosa transnacional estabelecida em Foz do Iguaçu (PR). A quadrilha é especializada em ‘lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta e contabilidade paralela’.


Cerca de 60 policiais federais e 10 servidores da Receita cumprem quatro mandados de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão em Foz.


Além disso, os agentes vão instalar cinco tornozeleiras eletrônicas em investigados. Ao todo 27 ordens judiciais são cumpridas, expedidas pela 23ª Vara Federal Criminal de Curitiba.


A Justiça determinou ainda o sequestro R$ 40 milhões em imóveis e valores dos investigados.


Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa transnacional, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, gestão fraudulenta e contabilidade paralela.


A Operação Freeway é um desdobramento da Operação Confraria Cataratas, deflagrada pela PF e a Receita em novembro de 2017, também em Foz.

A investigação apurou que, com frequência, três casas de câmbio da cidade compravam e vendiam moedas estrangeiras em desconformidade com as diretrizes do Banco Central.


A análise do material apreendido na operação indicou que os responsáveis pelos estabelecimentos investigados faziam parte de uma organização criminosa transnacional especializada na prática de delitos contra o sistema financeiro.


Segundo as investigações, entre 2011 e 2017, o grupo foi responsável pelo câmbio ilegal de centenas de milhões de dólares. Parte do dinheiro foi evadido para o Paraguai, em especial para empresas que comercializam produtos eletrônicos, enquanto outra parcela teve como destino empresas de turismo de Foz controladas pela organização.


A quadrilha também operava como um ‘banco de compensações’, diz a PF. O grupo ‘casava os interesse de contrabandistas brasileiros em remeter dinheiro para o Paraguai com o de empresários estabelecidos no país que queriam enviar dinheiro para o Brasil’.

 
 
 
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