EXCLUSIVO: Site porta-voz da Lava Jato diz que Moro cogita pedir demissão
- REVISTA FORUM
- 3 de mai. de 2019
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De acordo com o site O Antagonista, principal porta-voz da Operação Lava Jato, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, estaria descontente com o governo e “chegou a falar com assessores sobre uma possível demissão”, afirma.
“Sergio Moro não está nada satisfeito com as recorrentes sabotagens contra sua gestão e chegou a falar com assessores sobre uma possível demissão, caso seu pacote anticrime não seja aprovado. Moro também não vai tolerar o esvaziamento do Ministério da Justiça, sem Coaf e Segurança Pública. O ex-juiz da Lava Jato, por enquanto, não pretende expor sua insatisfação”, escreveu o site.
O Antagonista é responsável, ao longo dos anos, por vazar inúmeras informações do ministro da Justiça Sérgio Moro, do procurador Deltan Dalagnol entre outros. A nota parece ser um recado direto vindo de dentro do gabinete de Moro para o presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ).
Nos últimos dias, vários movimentos partiram de dentro do governo e do PSL para desidratar o superministério de Moro. Uma proposta do líder do governo no Senado, deputado Major Olímpio (PSL-SP), para a recriação do Ministério de Segurança Pública está sendo debatida entre os parlamentares, segundo O Globo.
O ministério foi incorporado à pasta da Justiça no início do governo do presidente Jair Bolsonaro, e passou, então, a ficar sob a tutela de Moro. A medida é vista como uma “rasteira” ao ex-juiz, que também deve perder o controle do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia.
“Eu (…) defendo que é importante ter um ministério só para abarcar a estrutura policial. Já conversei com o ministro Moro em outras oportunidades. Ele tem uma visão diferente”, afirmou Olímpio. Os partidos do chamado Centrão esperam a posição do PSL sobre o assunto para se posicionarem sobre a medida. A reorganização ministerial promovida pelo presidente Jair Bolsonaro, por meio da MP 870/2019, está sob debate já que a medida precisa ser votada até 3 de junho. Caso contrário, perde a validade e o presidente precisará de sete novos ministros.