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URGENTE: Dia do Trabalho terá atos contra nova Previdência no DF e 13 estados

Pela primeira vez, nove centrais sindicais se uniram para organizar protesto conjunto em 1º de maio e devem convocar greve geral no país


O Dia do Trabalhador será marcado por protestos no Distrito Federal e em mais 13 unidades da Federação. Pela primeira vez, nove entidades sindicais do país e duas frentes populares decidiram se unir para organizar o chamado ato unificado de 1º de maio. A manifestação terá como mote o repúdio à proposta de reforma da Previdência encaminhada pelo governo federal ao Congresso e precederá a greve geral de professores, convocada para o dia 15 do próximo mês.


Nesta semana, as entidades organizadoras do evento começaram a convocar trabalhadores, filiados e militantes de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para participarem do ato “em defesa da aposentadoria”. A mobilização teve início com a admissibilidade da proposta de reformulação da Previdência Social na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, na terça-feira (23/04/2019).


“Os únicos que votam contra o fim do direito à aposentadoria foram os deputados do PT, PCdoB, PSol, PSB, Pros, PDT, Avante e Rede”, diz trecho do comunicado divulgado nas páginas das entidades sindicais e partidos políticos. As siglas tentam derrubar a proposta do governo na Justiça: nessa sexta-feira (26/04/2019), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), barrou pedido nesse sentido apresentado por parlamentares de oposição.


Nas ruas As organizações de trabalhadores, por sua vez, persistem na articulação antirreforma. “Pela primeira vez na história, as centrais sindicais brasileiras se uniram em um ato unificado de 1º de maio, especialmente para lutar contra a reforma da Previdência de Bolsonaro, que acaba com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras”, acrescenta o texto divulgado pelas entidades.


No DF, haverá panfletagem na Rodoviária do Plano Piloto na noite da próxima terça-feira (30/04/2019) – a concentração começa às 16h30, na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic. A ideia da ação é promover o diálogo de sindicalistas com a população sobre os impactos das mudanças de regras para a aposentadoria dos brasileiros.


Já na quarta-feira (1º/05/2019), será celebrado o Dia do Trabalhador e os 40 anos do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), no Taguaparque, em Taguatinga. Haverá shows de Vanessa da Mata, Odair José e Israel & Rodolfo, espaço para crianças e orientações aos participantes sobre as mudanças previdenciárias em tendas espalhadas pelo local.



Além de no DF, haverá atos na Bahia, no Ceará, em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Sergipe, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Estão previstas mobilizações tanto em capitais quanto em cidades do interior dos estados. Confira aquia programação completa em todo o país.


Próximos passos Durantes os eventos, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical, Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central de Sindicatos Brasileiros (CSB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT), além das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, anunciarão os próximos passos na mobilização contra a reforma da Previdência.


“As centrais estão construindo a data da greve geral. Por isso, é importante a realização de grandes atos do 1º de maio no Brasil inteiro”, diz o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. “É momento de ocupar as ruas com o maior número possível de pessoas para darmos o recado ao governo e aos parlamentares que querem acabar com a nossa aposentadoria”, acrescentou.

Os pontos mais polêmicos da proposta – os quais a equipe econômica está bastante refratária em mudar – dizem respeito às regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural. As alterações nesses dois itens, estima o governo, implicariam economia de R$ 127,2 bilhões dentro do total de R$ 1,2 trilhão que o Planalto pretende poupar na próxima década com a reforma.

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