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INÉDITO: ‘Não vou ser mulher de malandro, ficar apanhando e achar bom’, afirma Maia



O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou estar chateado com o presidente Jair Bolsonaro devido às farpas públicas que trocaram em março. “De jeito nenhum, facilita minha vida”, afirmou durante o debate “E Agora, Brasil?” promovido pelos jornais O Globo e Valor Econômico nesta 2ª feira (8.abr.2019), no B Hotel, em Brasília (DF).


“Eu imaginava que a gente pudesse ter 1 governo de coalizão, ele discorda. Eu só não vou ficar no meio. […] Eu não vou ser mulher de malandro, ficar apanhando e achar bom”, declarou o deputado ao lado do ministro Paulo Guedes (Economia), que também participa do evento.


O demista diz que segue apoiando a reforma da Previdência, mas não atuará como articulador político. “Continuo defendendo a matéria em qualquer ambiente que eu possa fazê-lo. Agora, eu não tenho mais as condições que eu tinha até 1 mês atrás de ser 1 articulador político, isso eu não posso. Se o governo quer votar em 15 de junho, a pauta tá dada. Se o governo vai ganhar, você pergunta pro ministro Onyx [Lorenzoni, da Casa Civil]“, afirmou.



“Tô mais fechado porque acho que me colocaram nesse papel. […] A forma que eu entendi que o governo queria trabalhar de forma harmônica comigo é no meu papel institucional e nos ambientes que eu posso continuar ajudando. Agora, eu não falo mais de prazo, não falo mais de voto, aliás, falar de prazo e de voto, pela minha experiência, atrapalha o governo”, completou.


Maia disse também que quando o governo quiser colocar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Previdência em votação, o fará. Mas considera mais interessante a economia aos cofres públicos do que o prazo em que o projeto será aprovado.


“A data é irrelevante se é 1 mês antes ou 1 mês depois, o importante é a economia. Se ela vai ser votada em junho, em julho ou em maio, pra mim é irrelevante, o importante é conseguir o trilhão”, declarou em referência à economia de R$ 1 trilhão visada pelo ministro Guedes em 10 anos para que possa implantar o regime de capitalização no qual cada trabalhador poupa para sua própria aposentadoria.


Durante o mesmo evento, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também negouser o articulador político da reforma. “Eu sou animal de combate. […] Eu não me considero 1 bom político. Eu acho que eu sou 1 defensor honesto de algumas propostas”, declarou.


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