Ativista recebe asilo do Equador há quase sete anos
O WikiLeaks denunciou nesta sexta-feira (5) que seu fundador, o australiano Julian Assange, será expulso da Embaixada do Equador em Londres em questão de "horas ou dias" e que já há um acordo com as autoridades do Reino Unido para prendê-lo.
Em uma mensagem no Twitter, a plataforma diz que a informação chegou de uma "fonte de alto nível" do Estado equatoriano. A possível expulsão de Assange, que vive na sede diplomática desde junho de 2012, seria uma reação a denúncias de corrupção envolvendo o presidente Lenín Moreno.
Recentemente, o mandatário equatoriano acusou o fundador do WikiLeaks de ter violado as condições de seu asilo e disse que tomaria uma decisão "em curto prazo". Moreno ainda destacou que há evidências de "espionagem e pirataria".
A Embaixada do Equador em Londres está cercada por jornalistas, mas ainda não há nenhum sinal concreto de uma eventual expulsão de Assange. Ele é alvo de um mandado de prisão emitido pela Justiça britânica em função de uma denúncia de abuso sexual na Suécia, já arquivada pela magistratura local.
O australiano diz que o mandado é uma maneira de facilitar sua extradição para os Estados Unidos. Em dezembro passado, Moreno disse ter recebido "garantias suficientes" para permitir que Assange deixe a sede diplomática, mas a proposta foi recusada pelo ativista. Ele pode ser processado nos EUA pela divulgação de documentos diplomáticos secretos, em 2010.