Falou em depoimento na 6ª feira
O ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco, preso em operação da Lava Jato, disse na 6ª feira (22.mar.2019) que “nunca exerceu atividade formal ou informal como arrecadador de recursos para o MDB”. Ele também declarou que jamais falou com João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, sobre o assunto.
A informação foi publicada pelo jornal O Globo.
Ele foi preso na 5ª feira acusado de receber propina de obras relacionadas à Usina Nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro. Além dele, foram alvos da operação Temer e mais 8 pessoas.
O mandado foi expedido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Na investigação, são apurados crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, por conta de possíveis pagamentos ilícitos feitos por determinação do empresário José Antunes Sobrinho, da empresa de engenharia Engevix, para o grupo criminoso, supostamente liderado por Michel Temer.
Também são apontados possíveis desvios de recursos da Eletronuclear para empresas indicadas pelo referido grupo. No depoimento, o ex-ministro declarou ainda que “nunca recebeu nenhuma incumbência por parte do ex-presidente Michel Temer de pedir, cobrar ou pressionar” Sobrinho para que pagasse valores relacionados à campanha eleitoral ou qualquer outra finalidade.
RELAÇÃO COM CORONEL LIMA
Segundo Moreira Franco, ele só esteve em duas oportunidades com o coronel Lima, apontado como operador do esquema pelo Ministério Público:
No Palácio do Jaburu para despachar com o ex-presidente. Foi quando Temer apresentou o amigo. Todos almoçaram juntos nessa ocasião.
Na definição de agenda política durante campanha eleitoral. Ele disse não recordar qual eleição, mas certamente foi depois que Temer assumiu a Presidência do país (mai.2016).
O ex-ministro está custodiado no Batalhão Especial Prisional, em Niterói, o mesmo onde está o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão.