A prisão ocorreu em decorrência de um desdobramento da Operação 'Quadro Negro', que investiga desvio de recursos públicos
O ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (19) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A prisão ocorre em decorrência de um desdobramento da Operação 'Quadro Negro', que investiga desvio de recursos públicos por meio de contratos com empresas para obras em escolas da rede pública.
Beto Richa é preso pela 3ª vez
Esta é a terceira vez que o ex-governador do Paraná é preso. A suspeita contra Richa, nesta operação, é de corrupção. A prisão é por tempo indeterminado.
Segundo as investigações da operação Qaudro Negro, a construtora Valor recebeu, aproximadamente, R$ 20 milhões por contratos firmados com o poder público, mas não entregou as obras. Os relatórios fraudulentos informavam que as construções estavam em andamento, mas, muitas delas não tinham saído do papel.
Segundo o Gaeco, as buscas acontecem nas residências da família Richa em Curitiba, Caiobá, no Litoral, e Porto Belo, em Santa Catarina. Jorge Atherino, apontado pelo MP como operador financeiro do ex-governador, e Ezequias Moreira, ex-secretário especial de Cerimonial e Relações Exteriores do Paraná, também foram presos nesta ação.
Gilmar Mendes concede salvo-conduto
No dia 17 de março de 2019, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou soltar Dirceu Pupo, contador da família Richa. Além disso, dia 15 de março, o ministro concedeu umnovo salvo-conduto que impede a prisão da família. A decisão vale para as operações 'Rádio Patrulha' e 'Integração'. Para a operação em andamento nesta terça-feira, não existe salvo-conduto.
Beto Richa é denunciado por corrupção
No dia 28 de janeiro de 2019, o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) e outras 32 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça por corrupção nos contratos de pedágios do Paraná. Entre eles, está Pepe Richa, irmão de Beto, e seis ex-presidentes de empresas concessionárias. As investigações fazem parte da 58ª fase da Operação Lava Jato.
Richa é acusado de corrupção passiva e de fazer parte de uma organização criminosa em um esquema de propina em contratos de concessão de pedágios.