Alvos eram colégios no Rio de Janeiro e na cidade de Pontalina, em Goiás
A polícia apreendeu na última segunda-feira (18) dois adolescentes suspeitos de planejar ataques contra suas respectivas escolas, menos de uma semana após o massacre que deixou sete mortos em um colégio de Suzano, no estado de São Paulo.
Sem conexão entre si, os adolescentes planejavam entrar armados e provocar numerosas mortes em suas escolas: uma no Rio de Janeiro e outra na cidade de Pontalina, em Goiás, segundo as polícias dos dois Estados.
"Um ex-aluno de uma escola na Praça da Bandeira estava enviando mensagens sobre um atentado que cometeria em seu antigo colégio", informou a Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre a operação, que apreendeu computadores e celulares.
"O menor estava exibindo na Internet fotos de uma arma de fogo e detalhes da ação, inclusive com a rota de fuga". Também navegava pela 'deep web' e participava de foros sobre atentados efetuados em ambientes escolares.
O jovem apreendido em Goiás tinha planos para executar um massacre na escola onde estudava, mas segundo a polícia, não executou o ataque por não ter acesso a uma arma de fogo de repetição.
Entre os elementos encontrados com o adolescente de Pontalina, que alegou sofrer "bullying", havia uma espingarda (do pai), uma capa, uma máscara e um arco e flecha.
Segundo a polícia, ao ser interrogado o jovem citou dois ataques recentes: a morte de cinco estudantes e dois funcionários na escola Raul Brasil, em Suzano, praticada por dois ex-alunos em 13 de março; e o massacre de 50 pessoas em duas mesquitas da Nova Zelândia, realizado por um supremacista branco na sexta-feira.