Órgão cita organização criminosa, Investigação começou na noite desta 4ª
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) instaurou na noite dessa 4ª feira (13.mar.2019) procedimento para investigar “eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico” no caso do massacre da Escola de Suzano.
O termo “terrorismo doméstico” é usado para classificar atentados terroristas praticados por cidadãos contra o seu próprio povo ou governo. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) ficará à frente da investigação.
De acordo com nota do Ministério Público, “A linha central do Gaeco e apurar possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios”.
Leia a íntegra do comunicado:
“Além da atuação do promotor Rafael Ribeiro do Val, designado pelo procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, para o caso do massacre em uma escola de Suzano, o MPSP vai investigar em que circunstâncias ocorreram as dez mortes por intermédio do trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado por portaria nesta quarta-feira (13/3).
A linha central do Gaeco é apurar possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios. O ataque ocorreu nesta manhã quando 2 ex-alunos entraram na Escola Estadual Professor Raul Brasil e atiraram. Os atiradores cometeram suicídio no local.
De acordo com informações da Polícia Militar, os responsáveis pelo ataque atiraram ainda contra o dono de 1 lava-rápido próximo à escola.
Em entrevista à TV Cultura, Smanio afirmou que é muito importante, no transcorrer das investigações, esclarecer qual a origem das armas utilizadas no ataque.”
COMO FOI O ATAQUE
No ataque, 2 assassinos alvejaram 7 pessoas –5 alunos e duas funcionárias da escola. Logo depois, um atirou no outro e, em seguida, cometeu suicídio. Os 2 eram ex-alunos do colégio. A motivação do crime ainda não foi confirmada.
Antes do ataque à escola, os 2 atiraram contra Jorge Antônio Moraes, dono de uma locadora de carros perto da escola. Ele era tio de 1 dos autores do ataque. Morreu horas depois.