Divisão de Homicídios cumpre 15 mandados de busca e apreensão. Bombeiro, suspeito de estar com parte do arsenal dentro de casa, é alvo da nova ação
Policiais civis do Rio de Janeiro cumprem, na manhã desta quarta-feira (13), 15 mandados de busca e apreensão no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes.
Os agentes da DH (Divisão de Homicídios) têm como objetivo localizar os canos dos mais de 100 fuzis, cujas outras peças foram achadas nas operações da última terça-feira (12).
A operação se concentra nas casas dos amigos do PM reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, presos ontem suspeitos de serem os responsáveis pela execução da parlamentar e do motorista.
A repórter da Record TV no Rio de Janeiro Micheli Rosa, que está em frente à DH, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, informou que se trata de uma segunda fase da operação de ontem, para cumprir mandados de busca e apreensão que não ocorreram.
Até agora, um PM foi preso em Rocha Miranda, mas a identificação não foi revelada — a mulher dele está grávida de 9 meses. Os agentes também estão na casa de um agente do Corpo de Bombeiros no Recreio dos Bandeirantes — ele é suspeito de estar com parte do maquinário usado para construir o armamento apreendido ontem.
Além disso, duas pessoas foram levadas à DH, mas também não foram identificadas.
Investigações
Ontem, durante a operação que resultou na prisão da dupla, a polícia do Rio encontrou um arsenal com 117 fuzis e munições na casa de um homem identificado como Alexandre Mota, no Méier, zona norte do Rio de Janeiro.
Mota, que é amigo de infância de Ronnie Lessa, foi preso a partir de um dos 34 mandados de prisão expedidos pela Justiça. O suspeito afirmou à polícia que guardou algumas caixas, a pedido de Lessa, e que desconhecia o conteúdo do material.
As investigações apontaram que Lessa efetuou os disparos contra Marielle e Anderson, enquanto Queiroz dirigiu o veículo de modelo Cobalt usado durante o ataque.