Escola da zona oeste da capital levou para a avenida o enredo "Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra"
Pela primeira vez na história a Escola de Samba Mancha Verde foi campeã do Carnaval de São Paulo. Em 2019, a escola da zona oeste da capital levou para o sambódromo do Anhembi o enredo "Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra".
A escola foi campeã com 270 pontos, que é o máximo que poderia atingir. A leitura das notas aconteceu na tarde desta terça-feira (5), no sambódromo. A agremiação ficou na frente da Dragões da Real e da Rosas de Ouro, ambas com 269,9 pontos.
A Mancha Verde, fundada em 1995 por membros da torcida organizada do Palmeiras de mesmo nome, tinha atingido o melhor resultado da história no ano passado, quando ficou na terceira colocação.
No desfile deste ano, a escola da zona oeste foi a terceira a passar pelo Anhembi na noite de sexta-feira (1º). A Mancha Verde contou a história de uma princesa africana, inspirada em Aqcualtune, que foi escravizada no Congo e trazida para o Brasil.
A ideia do enredo foi do presidente Paulo Serdan e o carnavalesco Jorge Freitas foi o responsável pelo desenvolvimento. As alegorias da Mancha chamaram a atenção pela grandiosidade e acabamento impecável.
História
Logo nos anos seguintes à fundação, a Mancha Verde já mostrou ser uma escola promissora: Foi vice-campeã entre os blocos de espera no primeiro desfile, em 1996, o que a credenciou a desfilar entre os blocos carnavalescos nos dos anos seguintes.
Em 1997 e 1998 foi campeã entre os blocos. Em 1999, foi vice-campeã entre os blocos especiais e desfilou, no ano seguinte, pelo Grupo 3. Desde então, fez desfiles que o levaram ao grupo especial pela primeira vez em 2005, depois de ser campeã do Grupo de Acesso.
Em 2006 e 2007, a Mancha Verde foi campeã entre as escolas desportivas (que nasceram de torcidas organizadas). Em 2015 a Mancha foi rebaixada, mas retornou no ano seguinte, após ser campeã do Grupo de Acesso. Em 2017, a escola ficou na 10º colocação do Grupo Especial e, no ano passado, ficou em terceira.