Ex-assessor enviou defesa por escrito, Disse que tinha a confiança de Flávio
Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que fazia o “gerenciamento financeiro” de valores recebidos pelos funcionários de gabinete. Ele também negou a apropriação de valores, justificando que o uso era para aumentar a rede de “colaboradores” da base eleitoral de Flávio. As informações foram publicadas pelo Estado de S. Paulo nesta 6ª (1º.fev.2019).
A defesa de Queiroz foi apresentada por escrito na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). No documento, Fabrício também afirma que acreditava agir de forma lícita e tinha a confiança do então deputado e que, por isso, nunca teve a necessidade de apresentar a Flávio a “arquitetura interna que criou”.
Foi a primeira manifestação do ex-assessor junto ao MP-RJ desde o início das investigações. Queiroz foi chamado para depor 4 vezes e nunca compareceu. Em todos, alegou impossibilidade por problemas de saúde.
ENTENDA O CASO
Queiroz é investigado após constatação de movimentações bancárias atípicas em suas contas. 1 relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apresentou a movimentação de R$ 1,2 milhão de 2016 a 2017, anos em que estava lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro.
De uma maneira geral, os pagamentos recebidos por Queiroz eram em datas próximas da folha de pagamento dos funcionários do gabinete, o que leva a suspeita de devolução de parte do salário.
Desde o início das investigações, outro ex-assessor de Flávio afirmou a transferência de 2/3 do salário para Queiroz. Paralelo ao caso, a filha do investigado também foi citada como possível funcionária fantasma no gabinete de Jair Bolsonaro, enquanto era deputado federal.