Nos últimos quatro dias, o vereador Carlos Bolsonaro tuitou 11 vezes. Falou sobre o irmão Eduardo, criticou a esquerda, postou foto de quando era criança. Recentemente, disparou uma postagem, no Twitter, que derrubou o ministro Gustavo Bebianno. Metralhadora giratória nas redes sociais, o filho do presidente Jair Bolsonaro, no entanto, prefere não gastar munição quando a oratória é ao vivo: foi um dos parlamentares que menos vezes subiram à tribuna da Câmara Municipal do Rio nos últimos cinco anos. De 2014 até hoje, inscreveu-se para discursar apenas três vezes, uma média de um a cada um ano e sete meses. A última vez em que usou o microfone, lá em dezembro de 2015, rebateu uma crítica de Renato Cinco (PSOL) a um de seus projetos, o Programa Escola sem Partido.
Dois anos sem projetos
Eleito pela primeira vez em 2000, aos 17 anos — derrotando a própria mãe, Rogéria, que tentava se reeleger para a Câmara Municipal —, Carlos se mostrou um vereador econômico também na atuação legislativa: não apresentou qualquer projeto de lei, em que fosse o único autor, em 2018. Nem em 2017.
Na tribuna das redes sociais, Carlos Bolsonaro é, aos 36 anos, o que se chama de digital influencer , com 1,6 milhão de seguidores somente no Instagram.