Bloqueio dos acessos ocorre horas antes de uma operação coordenada pela oposição para permitir entrada de ajuda humanitária no país
O governo de Nicolás Maduro determinou que o Exército feche três importantes acessos na fronteira do país com a Colômbia. A ordem, da noite de sexta-feira (22), começou a ser cumprida neste sábado (23), horas antes do início de uma operação para a entrada de 600 toneladas de ajuda humanitária.
A vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, fez o anúncio do fechamento da fronteira pelo Twitter.
Delcy ainda acusou o presidente colombiano, Ivan Duque, de deixar que os Estados Unidos utilizem território do país para "atentar contra o direito dos venezuelanos de viver em paz e com soberania".
Uma das pontes interditadas é a Simón Bolívar, que liga a cidade venezuelana de San Antonio del Táchira e Cúcuta, na Colômbia.
O segundo importante acesso é a ponte internacional Francisco de Paula Santander, que também liga a mesma região colombiana ao estado de Tachira.
A ponte Unión é outro local interditado em Táchira com objetivo de evitar a entrada da ajuda e a operação coordenada pelo líder da oposição a Maduro, o autodeclarado presidente Juan Guaidó.
O governo brasileiro também enviou ajuda humanitária até Roraima, mas Maduro determinou que as Forças Armadas fechassem a fronteira entre os dois países, o que inviabilizou a entrega dos donativos. Foram colocados tanques de guerra do lado venezuelano para impedir a ação.