16 famílias já estão desalojadas. Estimativa é que pelo menos 700 sejam impactadas caso o Rio ultrapasse os 17m
Com 16,21 metros registrados nesta segunda-feira (18), o nível do rio Madeira continua em situação de alerta em Porto Velho. Na prática, isso ainda não requer ação efetiva do Governo Estadual, que geralmente só atua quando decretado estado de emergência, ou calamidade pública após ultrapassar os 17 metros. Mesmo assim, o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Assistência e do Desenvolvimento Social (SEAS) se antecipou e as famílias já vêm recebendo ajuda humanitária com o fornecimento de água potável.
A informação foi confirmada pela secretária estadual adjunta de Assistência e do Desenvolvimento Social (SEAS), Liana Silva de Almeida Lima, em reunião realizada nesta segunda-feira (18). No encontro, novas estratégias de atuação do Estado foram tratadas com a participação dos coordenadores das Defesas Civis: major Sanches (estadual) e Marcelo dos Santos (municipal); a adjunta da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf) da capital Ana Maria Negreiros; e técnicos das duas Secretarias.
Na ocasião, ficou definido que o Barco Deus é Amor, contratado pelo Governo Estadual para atender aos ribeirinhos duas vezes por mês, ficará exclusivamente à disposição das vítimas da enchente em uma ação que será agendada depois do dia 11 de março. O trajeto será a saída do Cai n’Água com destino ao Rio Machado. A proposta é prestar ajuda humanitária com distribuição de água fornecida pelo Estado, cestas básicas, e hipoclorito adquiridos pelo município.
Famílias desalojadas
De acordo com a Defesa Civil Municipal, atualmente há 16 famílias desalojadas na capital e sete abrigadas em barracas no distrito de Nova Mutum. A estimativa é que pelo menos 700 famílias sejam impactadas de alguma forma pelas águas do Madeira neste ano.
Como forma de prevenção, a Semasf já solicitou a estrutura de três ginásios para serem instalados abrigos em barracas, banheiros químicos e cozinha externa; e já deve a garantia de dez comunidades da igreja Católica para abrigar 25 famílias.
Na reunião realizada na Seas, Ana Maria explicou que o município conta com 1.000 cestas básicas e a ajuda efetiva do Estado será solicitada caso o nível do Madeira ultrapasse os 17 metros, o que poderá acontecer até a segunda quinzena do mês de março, conforme previsão do Sipam que aponta que o rio pode chegar até 17,30m no mês.
Para não deixar a capital desabastecida de produtos como: combustível, conforme ocorrido em 2014, a Defesa Civil já estuda a possibilidade de realizar o transporte utilizando o acesso de uma área da Infraero.
Região
Além da capital, a Seas também se prepara para atender a outros municípios atingidos pela cheia, a exemplo de Guajará-Mirim, que corre o risco de ficar isolado devido à ponte. “O Governo de Rondônia, através da Seas, está com a estrutura pronta para ajudar aos municípios, e já vem ajudando de alguma forma, com a distribuição de água potável”, afirmou Liana Silva, adiantando que outras medidas estão sendo adotadas para ajudar às Prefeituras e amenizar os impactos causados a muitas famílias.
Uma nova reunião está agendada para esta terça-feira (19), a partir das 9h, no Comando Geral do Corpo de Bombeiros para dar prosseguimento às ações estratégicas.