Sérgio Luiz Tedoldi foi preso por desvio e lavagem de dinheiro e cumprirá seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto
A Polícia Federal (PF) prendeu em Ariquemes, interior de Rondônia, por desvio e lavagem de dinheiro, o ex-prefeito prefeito de Colatina (ES) Sérgio Luiz Tedoldi. O prejuízo, segundo a PF, é estimado em mais de R$ 400 mil, na ocasião do crime, utilizados para financiar campanha de um candidato à deputado estadual do Espírito Santo.
O cumprimento do mandado aconteceu na última segunda-feira (11), em Ariquemes, onde Sérgio Tedoldi morava há aproximadamente três anos sem levantar suspeita. De acordo com a PF, o Mandado prescreveria na terça-feira (12), depois de dez anos em aberto.
Correndo contra o tempo para cumprir a ordem, equipes policiais de Rondônia fizeram um verdadeiro cerco ao alvo e se empenharam em encontrar o paradeiro do ex-prefeito de Colatina no período de 1997/2000, considerado culpado por se apropriar do dinheiro e de títulos de outras pessoas para benefício próprio.
Laranjas
Segundo consta na decisão do juiz da 1ª Vara Federal Criminal de Vitória (ES) Daniel de Carvalho Guimarães, a culpabilidade de Sérgio Tedoldi foi alta, pois este angariou recursos financeiros de forma fraudulenta, usando pessoas inocentes que ou confiavam nele ou temiam repressão – já que muitas trabalhavam direta ou indiretamente para ele – para funcionarem como “laranjas” de sua própria campanha.
Por meio de coação destas pessoas próximas ou pelo uso de documentos falsos, ele teria aberto contas em banco e obtido créditos de forma ilegal. Ao todo, teria sido desviado um montante superior a R$ 400 mil em empréstimos.
Segundo auditoria interna da instituição financeira, Sérgio teria assinado estes contratos na qualidade de garantidor de tais vítimas – o que comprovaria a ciência dele acerca da inidoneidade das ações.
Desvio
O desvio de dinheiro contava também com a participação do então gerente da Agência do Banestes de São Silvano, localizada em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Fazendo uso inapropriado do cargo, Jackson José Kretli foi apontado como o principal articulador do esquema, tendo, ele próprio, se beneficiado de alguns créditos. Como réu, também aparece Syro Tedoldi Netto Segundo, filho de Sérgio.
A ação foi movida pelo Ministério Público Federal. As penas estipuladas pela Justiça Federal foram as seguintes: sete anos e nove meses de prisão em regime fechado e pagamento de 240 dias-multa para Jackson Kretli; e seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto e pagamento de 360 dias-multa para Sérgio e Syro Tedoldi. Cada dia-multa foi estabelecida em R$ 200.