Com um forte aparato de segurança, as informações não são precisas, no entanto o líder maior do PCC desceu do avião em Porto Velho e de Helicóptero foi levado para o Presídio Federal de Rondônia
Acabou o mistério. Marcola veio transferido para Porto Velho e de HElicóptero foi levado do Aeroporto Internacional GOvernador Jorge Teixeira para o Presídio Federal de Rondônia, cerca de 40 quilômetros da capital.
Com todo o aparato montado na manhã de hoje pelo Exército Brasileiro, por meio da ordem direta do Presidente da República Jair Bolsonaro, a vinda do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola é fato.
SÃO PAULO
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya confirmou a vinda de Marcola por mais três fontes ligadas ao processo de transferência da cúpula da organização para unidades federais. Ele diz que: "Ainda não recebi a listagem oficial do Ministério da Justiça, mas esta é a informação que tenho sobre esta liderança", afirma o promotor. "Eles serão separados em grupos e mesmo os que forem para o mesmo presídio ficarão em alas diferentes para evitar qualquer comunicação”, disse.
Gakiya é o autor do pedido que resultou na transferência de Marcola e outros 21 presos ligados ao PCC de penitenciárias estaduais no interior de São Paulo para presídios federais na manhã de hoje (13).
Eles foram divididos em grupos e levados para três estados. Além do presídio federal de Porto Velho, os de Brasília e Mossoró (RN) também receberão os membros da facção. As unidades são administradas pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
PAPUDA NÃO
Segundo o secretário da Administração Penitenciária, o coronel da PM Nivaldo Restivo, a meta é manter os integrantes do PCC inicialmente por 360 dias em presídio federal. Nos primeiros seis meses eles estarão em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), ou seja, em isolamento.
A defesa de Marcola afirmou desconhecer a informação de que seu cliente durante o dia, sobre a transferência para Porto Velho. "Disseram que ele iria para Brasília, mas ele não queria aceitar: 'Papuda não quero'".
RODÍZIO
Marcola não deverá permanecer por um período superior a seis meses na capital de Rondônia. A intenção é a de que o detento passe por outros presídios federais, o que dificultaria possíveis tentativas de fuga.
Um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira estabelece que os presídios federais na capital de Rondônia e em Mossoró contarão com reforço de segurança feito pelo Exército nos próximos 12 dias.
PORTARIA
Ainda nesta quarta, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, editou portaria que torna mais rígidas as regras para as visitas sociais aos presos em penitenciárias federais de segurança máxima.
De acordo com a norma, a visita no Sistema Penitenciário Federal pode ocorrer em pátio de visitação, em parlatório e por videoconferência. No entanto, quando de tratar de presídio federal de segurança máxima, as visitas serão restritas ao parlatório e por videoconferência, "sendo destinadas exclusivamente à manutenção dos laços familiares e sociais, e sob a necessária supervisão".