Helicóptero voava há 44 anos e não era autorizado a transportar pessoas
A cada acidente aéreo no País, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apenas lava as mãos por meio de comunicados, sempre muito frios, que pouco esclarecem, mas servem para colocar em xeque sua existência. Após o acidente que matou o jornalista Ricardo Boechat, a Anac informou que o helicóptero estava “regular”, com papéis em dia, como se isso significasse alguma coisa. A Anac já não faz sentido, tanto quanto a extinção do velho Departamento de Aviação Civil (DAC). A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Quis o destino que Boechat, crítico desse tipo de omissão, fosse vítima do helicóptero que, fabricado em 1975, ainda voasse 44 anos depois.
A Anac informou que as licenças e habilitações de Quatrucci, de piloto comercial de helicóptero (PCH), estavam válidas. Só que não.
O helicóptero que matou Boechat não estava autorizado a transportar pessoas, mas o fazia mesmo assim. E a Anac, inútil, não o impedia.
Com diretores despreparados, indicados politicamente, a Anac atua para beneficiar empresas. Parece mais uma associação empresarial.