A Secretaria Municipal de Saúde do Município de Ouro Preto do Oeste, confirmou que no mês de janeiro, 30 pessoas foram contaminadas por varíola bovina, que é transmitida para o homem no momento da ordenha.
Ainda segundo a secretaria, nos últimos noventa dias foram registradas mais de cinquenta casos na região central do estado de infecção da doença em humanos
A varíola bovina é uma doença caracterizada pelo aparecimento de lesões cutâneas nos tetos das vacas. Os surtos causados pela afecção afetam bovinos e os homens, resultando em expressivas perdas econômicas para os produtores.
Os prejuízos causados pela varíola bovina estão associados principalmente à redução da produção de leite, contaminações bacterianas secundárias às lesões (principalmente a mastite), necessidade de afastamento temporário dos ordenadores acometidos, contratação e treinamento de novos ordenadores.
Pesquisadores que trabalham nesta área têm observado um aumento alarmante da ocorrência de surtos de varíola bovina em diferentes estados brasileiros, especialmente na região sudeste. Esta enfermidade não se trata de uma doença complexa, que necessite de um tratamento caro e um acompanhamento severo.
Pelo contrário, a varíola bovina é uma doença autolimitante, os surtos são rápidos e o manejo preventivo é relativamente simples. Possivelmente, este é um dos motivos para a sua disseminação pelo país. O pequeno destaque atribuído para a doença nos meios de comunicação com os veterinários e produtores, talvez pelo seu caráter simples, contribui para a falta de informação, retardando o diagnóstico e a implementação das medidas de controle da doença.
O mais alarmante é que segundo a Secretaria Municipal de Saúde do municipio de Ouro Preto do Oeste já existem a incidência da doença há mais de noventa dias, e precisou sair na imprensa para que o IDARON tomasse alguma atitude.
E o mais interessante, é que o IDARON querendo colocar panos quentes no surto de varíola bovina, trata o caso como (provável) e na matéria trata como combater o “Surto de Varíola”
Onde estava o IDARON nos últimos sessenta dias do governo passado, e nos primeiros trinta dias do governo Marcos Rocha que nada fizeram? O que o secretario de estado da Agricultura Evandro Padovani fez de eficaz para combater o surto?
A única ação do IDARON nos dias finais da Administração de Daniel Pereira foi emitir Diárias em nome do governador Marcos Rocha e sua esposa para xavecar o presidente Bolsonaro em Brasília por ocasião de sua posse presidencial.
As exportações de carne de Rondônia, são um dos carros chefes da economia estadual, e se não forem tomas medidas urgentes com controle rigoroso deste surto, ele pode se espalhar pelo estado e comprometer seriamente as exportações de carne do estado e comprometer significativamente a economia do estado.
Em matéria publicada no Diário da Amazônia o IDARON diz “A Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril do Estado de Rondônia – IDARON, através da Unidade de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV) de Ouro Preto do Oeste, iniciou uma ação para conscientizar e alertar a população da região da Grande Ouro Preto, mais especificamente as pessoas que residem em propriedades com gado leiteiro, para combater um provável surto da varíola bovina.
A medida foi tomada a partir de vários casos de pessoas que foram atendidas em unidades de saúde com sintomas semelhantes aos provocados pela varíola bovina, além de outros relatos de feridas nas mãos e antebraços de inúmeras pessoas que trabalham na ordenha, bem como lesões cutâneas nas tetas das vacas e focinhos dos bezerros.
De acordo com o chefe da ULSAV local, Peterson Piovezan Barbosa, os casos que vêm sendo relatados na região coincidem com o da varíola bovina. Mas, infelizmente, as pessoas, por receio ou medo, não estão comunicando, o que impossibilita a tomada de medidas necessárias para o isolamento e controle do surto”
O mais interessante é que já se passaram quase cem dias e agora é que o IDARON está tomando as providências.
É necessário que as Assembleia legislativa através de sua comissão de Agricultura chamem os técnicos do IDARON e da Secretaria de Estado da Agricultura para maiores esclarecimentos e assim possa tranquilizar os produtores de carne e leite do estado.