A orientação, segundo o governo federal, foi encaminhada aos estados e municípios na última sexta-feira (1º)
Crianças que não apresentarem cicatriz vacinal após receberem a dose contra a tuberculose -conhecida como BCG – não precisam ser revacinadas. A recomendação foi divulgada nesta terça-feira (5/2) pelo Ministério da Saúde e está alinhada com Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) da pasta e com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por meio de nota, o ministério informou que estudos comprovaram a eficácia da vacina também em crianças que não ficam com cicatriz após a aplicação. A orientação, segundo o governo federal, foi encaminhada aos estados e municípios na última sexta-feira (1º).
De acordo com o ministério, a principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é por meio da BCG, ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). A dose deve ser dada ao nascer, nas maternidades, ou na primeira visita da criança ao serviço de saúde, o mais precocemente possível.
A vacina também está disponível na rotina dos serviços para crianças menores de 5 anos e protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea.
Cobertura Dados da pasta mostram que a BCG é uma das doses com maior adesão atualmente no Brasil. Em 2017, a vacina registrou 96,2% de cobertura em todo o país – acima do preconizado pelo ministério, de pelo menos 90%.
Em anos anteriores, a taxa ultrapassou os 100%, sendo 107,94% em 2011; 105,7% em 2012; 107,42% em 2013; 107,28% em 2014; e 105,08% em 2015.
“Os gestores têm até o mês de abril para atualizar, no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI), a situação vacinal local, mas dados preliminares já indicam uma cobertura, em 2018, de 87,5%”, informa a pasta.