O jornal Folha de S. Paulo revelou, nesta quinta-feira (31), gravações que indicam que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) negociou em 2014, com o grupo JBS, indicações para o Ministério da Agricultura da então presidente Dilma Rousseff (PT). O jornal divulgou diálogos de Renan com Joesley Batista e Ricardo Saud, ex-dirigentes da multinacional de alimentos, que incriminaram o senador emedebista.
Após a repercussão da notícia, Renan usou o Twitter para insinuar que o Ministério Público Federal (MPF) estaria trabalhando contra sua candidatura para a Presidência do Senado, em votação que ocorre nesta sexta-feira (1).
"Vejam porque nunca cogitei e não postulei ser presidente do Senado. O Ministério Público Federal jamais iria me apoiar", escreveu o parlamentar na rede social, insinuando que o órgão teria enviado as gravações à Folha às vésperas das eleições no Senado.
Renan nunca se declarou abertamente como candidato, mas vem sendo tratado pelos pares como um dos favoritos a vencer a disputa. Sobre os indícios de que teria tratado de indicações ao governo com a JBS, Renan respondeu à Folha que nenhum áudio divulgado o incrimina.