A procuradoria relatou invasão de grileiros e promessas de morte às comunidades. Foi solicitada “imediata intensificação da vigilância”
O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR), enviou ofício ao ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Púiblica, pedindo “medidas urgentes” de proteção a comunidades indígenas que se “encontram sob graves ameaças”.
A Procuradoria relata que em Rondônia, grileiros invadiram em 12 de janeiro a terra indígena Uru Eu Aw Aw, em Tarilândia e Cabajá, distritos de Jorge Teixeira. Eles também teriam feito ameaças de morte aos indígenas Karipuna, que temem pela segurança das famílias “em face do iminente risco de conflito”.
A 6CCR também foi informada sobre “dois possíveis ataques em planejamento”. O primeiro deles seria na região da terra indígena Xavante de Marãiwatsédé, em Mato Grosso. Segundo o relato, haveria intenções de se retomar o território indígena.
O segundo ataque estaria sendo arquitetado contra os Guarani da Ponta do Arado, no bairro Belém Novo, em Porto Alegre (RS). Na madrugada de 14 de janeiro, uma das tribos foi atacada a tiros e os indígenas ameaçados de morte, caso não deixassem a área até domingo, 19.
O ofício a Moro, assinado pelo coordenador da 6CCR, subprocurador-geral da República Antônio Carlos Alpino Bigonha solicita “imediata intensificação da vigilância das comunidades ameaçadas”.