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ALERTA: `Existem mais vítimas´, diz polícia sobre médico boliviano preso em Rondônia suspeito de



Médico boliviano suspeito de estupro foi preso no início da tarde deste sábado (19). — Foto: Leile Ribeiro/Rede Amazônica


As investigações da polícia boliviana apontam, até o momento, que Roberth Mendoza Guzman, médico cirurgião nascido no país vizinho, de 48 anos, fez mais vítimas. Ele foi preso no último fim de semana em Guajará-Mirim (RO) por ser suspeito de ter estuprado pelo menos 12 pacientes bolivianas que têm entre 15 e 30 anos. "Sim, existem mais vítimas", confirmou um representante da corporação estrangeira ao G1 na tarde desta segunda-feira (21).


Questionado sobre o advogado de defesa do suspeito, o representante informou que ele nega todas as acusações e que o cliente estava no Brasil apenas para trabalhar. Mencionou também que a polícia boliviana e o Ministério Público estão abertos para ouvir as vítimas.


Roberth foi detido no início da tarde do último sábado (19) em uma fazenda de Guajará-Mirim onde, segundo a polícia boliviana, fazia serviços de caseiro.

O cirurgião foi encaminhado para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, estava sem barba e diferente das fotos que constam nos documentos pessoais. Além disso, precisou ser escoltado e usar colete a prova de balas.


A apuração policial começou após uma adolescente, de 15 anos, ter denunciado o estupro cometido pelo médico durante uma consulta. O crime teria acontecido em dezembro do ano passado, no vilarejo Mairana, em Santa Cruz de la Sierra.


Segundo o diretor departamental de investigação da Bolívia, Coronel Gonzalo Felipe Medina, a jovem gravou o ato com o celular. Ela contou à polícia que foi realizar um aborto na clínica do suspeito e que foi estuprada por ele e pelo farmacêutico. O suposto comparsa de Roberth Mendoza segue foragido.

A partir da denúncia da adolescente, outras mulheres procuraram as autoridades e relataram os abusos. As investigações também mostram que Roberth percorreu ao menos quatro cidades bolivianas antes de pisar em território brasileiro.


"Ele percorreu de Mairana a Montero e de Trinidad a Guayaramerín. Depois, percorreu cerca de 50 quilômetros até uma fazenda de Guajará-Mirim, onde trabalhava como caseiro", explicou o Coronel Gonzalo Felipe Medina.


Gonzalo Felipe Medina acrescentou ainda que, no dia em que o médico chegou a Guayaramerín, muitas pessoas estavam no aeroporto da cidade protestando contra o suspeito e que houve, inclusive, uma tentativa de linchamento.


"É um caso de muita repercussão na Bolívia. Em sua chegada, muita gente esperava pelo médico no aeroporto, uma vez que trata-se de um delito abominável e protagonizado contra uma menor de 15 anos e por um profissional encarregado de trabalhar pela vida e a saúde das pessoas", complementou o coronel.Para as autoridades bolivianas, o advogado de Roberth negou as acusações e disse duvidar da veracidade o vídeo feito pela adolescente. Justificou ainda que o suspeito só foi para o Brasil em busca de emprego.


Hoje, Roberth Mendoza segue em prisão preventiva no presídio de Palmasola, em Santa Cruz de la Sierra, onde permanece à disposição da Justiça boliviana.


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