Alta da remuneração com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor deve alcançar os 3,43% e elevar o teto dos benefícios para R$ 5.839,45
Os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com remuneração acima do salário mínimo devem voltar a ter o rendimento reajustado por um percentual inferior em relação àqueles que recebem o piso. Nos dois últimos anos, o aumento desses beneficiários superou o do salário mínimo.
Tradicionalmente reajustada com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a remuneração de quem recebeu entre R$ 954 e R$ 5.645,80 no ano passado deve subir 3,43%.
Se a variação do índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) for repassada integralmente aos benefícios, como tradicionalmente acontece, o reajuste será menor do que o do salário mínimo, que subiu 4,61%, de R$ 954 para R$ 998, neste ano.
Com a alta confirmada, o valor máximo mensal a ser recebido pelos aposentados e pensionistas aumenta R$ 193,65, de R$ 5.645,80 para R$ 5.839,45.
Em 2017 e 2018, a inflação calculada pelo INPC superou o reajuste do salário mínimo e resultou em um rendimento maior aos aposentados e pensionistas com ganhos mais elevados. Os reajustes ocasionaram perdas reais de, respectivamente, 0,1% e 0,25% aos que recebem o salário mínimo e o piso do INSS.
De acordo o último boletim da Previdência, divulgado em outubro, há quase 61,5 milhões de beneficiários do sistema de aposentadorias no Brasil. Desses, 66,6% recebem até um salário mínimo.