Delegada também o indiciou por violação sexual mediante fraude
O médium João de Deus e a mulher dele, Ana Keyla Teixeira, foram indiciados pela Polícia Civil por posse ilegal de armas. A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira, 10, durante coletiva concedida pela delegada Karla Fernandes, em Goiânia.
A delegada ainda informou que João de Deus foi indiciado mais uma vez por abuso sexual nesta quinta. O médium está preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Nesta quarta, a delegada interrogou João de Deus sobre o crime de posse ilegal de arma de fogo e o depoimento durou cerca de duas horas na cadeia.
“A maioria ele alega [das armas] que estava fazendo um bem para a comunidade. Uma ele alega que pegou de uma mulher que estava querendo se suicidar.
Outra, de uma mulher que ia matar o marido e a amante. Outra, ele trocou numas pedras no garimpo, outra um garimpeiro entregou para ele porque emprestou um dinheiro e outras duas ele não recorda”, afirmou.
Karla Fernanda ainda explicou o motivo pelo qual indiciou a mulher do médium também por posse ilegal de arma. “Arma de fogo em casa não é permitido se a pessoa não tem o porte e a posse ou o registro dela. Uma vez que residem no mesmo local, ambas as pessoas são responsáveis tendo o conhecimento, uma vez que a arma estava, inclusive, na gaveta de peças íntimas dela.”
“A força-tarefa da Polícia Civil encerrou todos os seus procedimentos porque já foram indicados em dois [casos] por posse ilegal de arma tanto o João de Deus, como a esposa dele, Ana Keyla, uma vez que ambos moram nas mesmas residências, tanto de Abadiânia, como Anápolis. Nas duas cidades houve apreensão de armas de fogo”, afirmou a delegada.
Sobre as armas, um dos advogados de João de Deus, Alex Neder, disse que o médium relatou em depoimento à polícia, na cadeia, que as armas eram de pessoas que queriam tentar se matar ou como “garantia” de empréstimos.
MP e Justiça
O médium já foi denunciado pelo MP-GO no dia 28 de dezembro por quatro crimes que englobam fatos investigados pela Polícia Civil e pelo próprio MP: dois por violação sexual mediante fraude e dois por estupro de vulnerável.
Também nesta quarta-feira, o médium se tornou réu na denúncia feita pelo MP-GO pelos crimes de estupro de vulnerável e violação sexual.