10 dos 20 maiores financiamentos do banco têm obras sob investigação de corrupção
Superfaturamento, pagamento de propina, fraude em licitação, cartel de empresas. Na lista dos 20 maiores contratos de financiamento assinados pelo BNDES e que hoje estão ativos, ou seja, com saldo a receber pelo banco público, dez estão ligados a obras bilionárias que são alvos de investigações que apuram esquemas de corrupção.
Levantamento realizado pelo Estado a partir de dados oficiais do BNDES revelam que o banco possui, atualmente, 11.670 contratos ativos em sua carteira de empréstimos a empresas e governo estaduais. Esses financiamentos - que já excluem situações em que o BNDES repassa recursos a outros bancos - somam R$ 573,67 bilhões em contratos. Se considerados apenas os 20 maiores contratos assinados pelo banco, chega-se à cifra total de R$ 60,15 bilhões, o equivalente a mais de 10% de toda a carteira ativa do BNDES.
Na relação das obras bilionárias investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal está o contrato que o banco assinou em 2012 com a Petrobrás, para a modernização das refinarias Getúlio Vargas (Repar), Planalto (Replan) e Duque de Caxias (Reduc), da Petrobrás. As obras, que são alvos da Operação Lava Jato em 2014, receberam R$ 6,69 bilhões de empréstimos.
O segundo lugar na lista bilionária pertence à Eletronuclear, que em apenas um contratou garantiu, em 2011, R$ 5,2 bilhões do BNDES para tocar as obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio. Em 2016, o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, foi condenado a 43 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço a investigações, evasão de divisas e organização criminosa envolvendo as obras da usina, paradas até hoje.
Na relação das obras bilionárias investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal está o contrato que o banco assinou em 2012 com a Petrobrás, para a modernização das refinarias Getúlio Vargas (Repar), Planalto (Replan) e Duque de Caxias (Reduc), da Petrobrás. As obras, que são alvos da Operação Lava Jato em 2014, receberam R$ 6,69 bilhões de empréstimos.
O segundo lugar na lista bilionária pertence à Eletronuclear, que em apenas um contratou garantiu, em 2011, R$ 5,2 bilhões do BNDES para tocar as obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio. Em 2016, o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, foi condenado a 43 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro, embaraço a investigações, evasão de divisas e organização criminosa envolvendo as obras da usina, paradas até hoje.