Para a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) não é aceitável que repórteres e cinegrafistas sejam mantidos durante horas em determinados locais, como se estivessem em cárcere privado.
Confira a nota da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que expressou preocupação com as restrições impostas aos jornalistas durante a posse de Jair Bolsonaro:
Rio de Janeiro, 01 de janeiro de 2019.
NOTA OFICIAL
A Associação Brasileira de Imprensa expressa profunda preocupação com o excesso de restrições impostas aos jornalistas credenciados para a cerimônia de posse do Presidente da República Jair Bolsonaro. Não há registro de comportamento discricionário semelhante na história recente no País. O que se viu em diferentes cenários de Brasília é incompatível com o regime democrático. O respeito ã imprensa é um dos principais indicadores das nações que se consideram civilizadas.
A ABI espera que os exageros no trato com os jornalistas sejam creditados à inexperiência da nova criadagem do Palácio do Planalto e dos serviçais que assumiram a segurança periférica do Presidente.
Não é aceitável que repórteres e cinegrafistas sejam mantidos durante horas em determinados locais, como se estivessem em cárcere privado, impedidos de se locomoverem. e até de falar com o público.
Não se pode confinar a imprensa em alambrados como gado de corte.
Estamos convencidos de que as patuscadas que enodoaram a cerimônia de posse acabem se circunscrevendo a esses deploráveis episódios, e não voltem a se repetir.
A construção da democracia é um exercício diário que exige submissão aos mandamentos da Constituição além de extraordinária capacidade de doação e respeito pelo outro.
A partir de hoje. Jair Bolsonaro é o Presidente de todos os brasileiros, mesmo daqueles que não o honraram com o seu voto, nas eleições de outubro.
O Novo Mandatário também precisa ser alertado que a campanha eleitoral terminou.
Domingos Meirelles Presidente da ABI