O Ministério do Meio Ambiente na gestão Bolsonaro deixa de ter áreas específicas para tratar das mudanças climáticas e do combate ao desmatamento. Na nova configuração da pasta, publicada nesta quarta-feira, 2, em edição extra do Diário Oficial, consta a existência de uma Secretaria de Florestas e Desenvolvimento Sustentável. Antes ela se chamava Secretaria de Mudança do Clima e Florestas.
Não é apenas uma mudança de nomenclatura. Dentro da pasta também não existe nenhum departamento sobre o assunto. Até então, a secretaria abrigava o Departamento de Políticas em Mudança do Clima e o Departamento de Monitoramento, Apoio e Fomento de Ações em Mudança do Clima. Além do Departamento de Florestas e Combate ao Desmatamento.
Não existe agora nenhuma citação à mudança do clima ou ao combate ao desmatamento no organograma do novo ministério.
A questão climática aparece citada somente em duas ocasiões. O ministério ainda terá um Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima. E entre as atribuições do novo Departamento de Conservação de Ecossistemas está “avaliar e monitorar os riscos e as ameaças sobre os ecossistemas, em especial os impactos da mudança do clima, das mudanças no uso das terras e da degradação ambiental, e propor políticas e ações de prevenção, mitigação e adaptação”.
Procurado pela reportagem, o novo ministro, Ricardo Salles, não se posicionou sobre as mudanças.